Ao contrário de grande parte dos atores, Guilhermina Guinle não vê problemas em entrar em uma novela quando ela já está no ar. Pelo contrário. Caso da elegante Amarilys, de "Caras & Bocas". A atriz diz que já se acostumou a ter de se familiarizar às pressas com o ritmo e o elenco das tramas em que é escalada para atuar. Teve de fazer isso em "Paraíso Tropical", novela de Gilberto Braga exibida em 2007. Ela entrou para fazer uma rápida participação como a esnobe Alice, noiva do inescrupuloso Olavo, papel de Wagner Moura, e acabou ficando até o final da história. "É uma delícia entrar em uma novela que é um sucesso. De novo, tive sorte com a Amarilys. Porque entrei em uma fase boa. Sem falar que a trama é divertida, leve, sem tanto compromisso dramático", derrete-se.
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Guilhermina Guinle ganhou mais espaço na trama de "Caras & Bocas" no papel da sofisticada Amarilys
Perto do fim da trama - prevista para terminar em janeiro do ano que vem, Guilhermina anda tão apaixonada por Amarilys que arrisca até o futuro da personagem. Apesar de achar que a moça é muito ansiosa quando se trata de relacionamento amoroso, a atriz tem certeza de que ela vai arranjar alguém para a vida toda. "Só acho que ela devia ir com mais calma com o Sargento Lucas para tudo dar certo", brinca, ao mencionar o personagem de Marco Antônio Gimenez.
Vira-e-mexe, você é convidada para encarnar mulheres chiques na TV. Você se sente ou já se sentiu incomodada por conta disso?
Acho que todo ator foge dessa coisa de ficar marcado por algum tipo de personagem. Todo mundo gosta de fazer papéis diferentes. Mas isso não depende muito de nós. Depende mais de autores e diretores que confiem em nosso trabalho e nos chamem para fazer alguma coisa diferente. A Maria Adelaide Amaral, por exemplo, me convidou para fazer um papel diferente em "JK". A Maggie era ousada, sensual, contestadora... Logo em seguida o Gilberto Braga me chamou para fazer a Alice em "Paraíso Tropical". E ela era meio vilã - algo que nunca tinha feito. Adorei! É maravilhoso ter pessoas que nos convidam para fazer coisas novas.
Mas para fazer papéis diferentes é necessário ter mais experiência. Você acha que ter sido convidada para viver outros personagens se deveu à sua maturidade artística? Como você se analisaria hoje?
A gente fica um pouco mais segura quando está sempre trabalhando. Por isso tento fazer um pouco de cada coisa. Não quero ser aquele tipo de atriz que faz só teatro, ou só TV ou só cinema. Acho legal quando o ator consegue juntar um pouco de tudo. A gente nunca é atriz de uma área específica. A gente vai sendo levada nessa profissão. Aprendendo, crescendo, amadurecendo... Ainda sou muito nova e tenho uma longa estrada pela frente.
Apesar de ainda se considerar uma aprendiz, você acha que hoje se preocupa menos com as críticas?
Sim. Apesar de saber que elas sempre vão existir, acredito que a maior crítica tem de ser sempre a da gente. É preciso humildade para poder se ver. É importante fazer esse exercício de se colocar no lugar dos outros. Faço muito isso. Uma hora na vida a gente vai errar. Quando a gente é mais nova, fica com vergonha de errar. Mas com o tempo a gente vê que é muito mais legal reconhecer o erro e falar.
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