‘É uma novela elegante’, garante o diretor de núcleo da trama
Ator e diretor, Jorge Fernando nasceu no Rio de Janeiro há 54 anos.
Aos 18, largou os estudos e foi para o nordeste, onde trabalhou em espetáculos amadores.
Estreou no teatro profissional na peça “A Rainha Morta”.
Passou um ano em Paris com o grupo “Dzi Croquetes” e, no final dos anos 70, de volta ao Brasil, entrou para a TV Globo e participou como ator do seriado ‘Ciranda Cirandinha’.
Trabalhou ainda nas novelas ‘Pai Herói’ e ‘Água Viva’, entre outras. Em 1981, Jorge Fernando dirigiu a novela ‘O Amor é Nosso’, mas sua consagração como diretor veio em ‘Guerra dos Sexos’, em 1983. Criativo e talentoso, ele tem em seu currículo, além de novelas, peças teatrais, filmes, shows e musicais.
Caras & Bocas é uma comédia romântica muito centrada no amor de Dafne e Gabriel e nas dificuldades que eles têm de se relacionarem, certo?
Jorge Fernando: O público vai ver esse casal se envolvendo e se desencontrando, e as outras tramas entram para fortalecer essa central. Também é uma novela de famílias: além dos núcleos da Dafne e do Gabriel, temos uma família judia; a família da Laís, noiva do Gabriel; e uma família de baianos, com um cunhado que vive à custa do genro. Esse cotidiano faz com que a gente se veja em algumas dessas situações que são tratadas de forma bem-humorada. Esse é o tom: humor e romance.
Como estão as gravações de Caras & Bocas?
JF: Tudo está muito organizado e estou investindo no ensaio com elenco, os planos são claros, com os atores bem posicionados. É uma novela elegante, os cenários são lindos, mas sem perder de vista a simplicidade. Aos 54 anos e uma experiência de mais de 30 novelas, estou exercitando agora o prazer de fazer. Estamos gravando ‘Caras & Bocas’ sem grandes pretensões, mas com muita emoção.
Quais são os lançamento de Caras & Bocas?
JF: Acho que o grande lançamento é a Danieli Haloten, atriz curitibana que é deficiente visual e batalhou para estar aqui. Eu nunca tinha trabalhado com ninguém que tivesse deficiência visual, é a primeira vez. Acho que fiquei mais nervoso do que ela, e criamos alguns códigos para nos comunicarmos durante as gravações. A perseverança dela, a coragem, esse tom de desbravar, de vir de Curitiba para morar sozinha no Rio é muito legal. Ela sem dúvida nenhuma está abrindo um caminho e a intenção é essa.
Você gosta de atuar nos trabalhos que dirige. Em ‘Caras & Bocas’, teremos alguma participação especial sua?
JF: Eu abro a novela. Faço um professor de Artes da Dafne e do Gabriel, há 15 anos.
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Globo
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